segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Quarto sereno.

A chave estava desaparecida.


Encontrei-a sem a procurar.


Deixei a porta aberta e fiquei serena à tua espera.


Despi-me de toda a rotina e aguardei a tua chegada.


Estás aqui e observo todos os traços do teu rosto.


Quase que sei de cor todas as tuas rugas de expressão.


Olhas-me nos olhos como se me estivesses a avaliar.


Serei Aquela?


Que te ronrona ao ouvido e te deixa louco?


Que percorre os teus poros com a avidez da língua?


Que se sacia nos teus lábios e te deixa com sede de mais?


Aquela...


Que queres encostar à parede e ouvi-la gemer de prazer?


Levá-la ao orgasmo com a tua tesão enterrada?




Serei a perdição de todos os teus sentidos?



Não tenho a resposta...


Mas sussurro-te que te anseio serenamente.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Quarto das Palavras I


"A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios.

Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos."

Charles Chaplin




Faz-me todo o sentido.

Quero-te colada a mim na próxima cena desta minha peça!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Quarto de Riso


Não consigo! Sempre que recordo bocadinhos dos nossos encontros...

não consigo deixar de sorrir com o riso que se abre na memória.


Como quando descobri que se te passasse a língua no dedo grande do pé, se o chupasse, me arriscava a levar um pontapé, impensado, reacção pura da tua sensibilidade... Deixei o pé e com a língua subi pelas tuas pernas, deixando um rasto molhado que secava com as minhas mamas, mamilos arrepiados ao roçar nos teus pelos. Tinha um riso maroto ao pensar onde a minha boca ia parar, guiada pelos teus arrepios, saboreando um corpo que teu, pões à minha disposição, para provar, comer e devorar...


Rio-me porque o teu rabo é delicioso, dá-me vontade de o morder aos bocadinhos e cada pedaço tem um sabor novo... vem com um som, um mexer, uma reacção diferente e eu o provo com a língua, o trinco com os dentes ou o como com a boca toda... lambo-o como se fosse um gelado de baunilha, trinco-o como uma maçã sumarenta e lambuzo a cara na saliva da minha boca glutona.


Divertida, alegre, satisfeita pelo gozo de te descobrir e estimulada com as tuas palavras, porque descobriste a cabra em mim, deliciada quando te contorces de prazer arrepiado e ficas, à espera de mais e mais provocação, surpreendido pela putinha que se revela, contigo.


Estava a rir quando te agarrei o cú, cada bochecha em cada mão... apertei, amassei, fechei-o apenas para poder passar a língua pelo meio, molhada, percorrendo-o todo, acima e abaixo, repetidamente, cada vez mais atrevida, mais molhada e dura, a dizer às mãos para o abrirem e deixarem descobrir outros sabores, outras texturas...


Lembrei-me do teu pé... teimosa quero saber se o que imagino te vai arrepiar também. Com a boca enterrada fundo no teu rabo, língua e boca que o beijam e descobrem, por completo... sabendo-te abandonado num gozo malvado... viro-te, arqueio as costas e encosto ao teu dedo grande do pé a minha cona a escorrer, igual à minha boca encharcada que ajudou a língua a foder-te o cú. Esfrego-a e guio-a para que entres também. Estou a foder-te o cú e a foder-te o dedo... e tu deixas que me sinta dona do teu prazer, autorizas-me a ser cabra e puta, safada, livre para descobrir e sentir o que me apetecer.


Rio-me pelo muito que descubro em mim... pelo tanto que já imagino que quero experimentar. Fodo-te e rio...
Não consigo deixar de rir e não consigo deixar de ter vontade de te foder, mais e demais!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Quarto Diabo no Corpo.


Anda...
Anseio a tua língua quente.
Quero que me lambas os bicos até sentir o roçar quente e áspero.
Aperta-me as mamas e me lambe-me o pescoço.
Sentir os teus dentes na minha pele salgada deixa-me num frenesim...
Ondeio junto a ti...roço-me em ti...quero muito sentir a tua tesão dura dentro de mim.
Mas tu perdeste no meu corpo, sabes de cor cada sinal, conheces bem o meu cheiro de felina desejosa de ti, meu macho.
Num movimento brusco pões-me de quatro e espeto o cúzinho para ti...
Anda...
Dá-me palmadas, enterra os teus dedos na minha cona molhada...
Prova-me e dá-me a cheirar...que cheiro a sexo tens entranhado...
Lambuzas-me...
Que vontade selvagem...
COME-ME!!
Que tusa!
Anda, anda...
Mata-me o prazer de tão bem me foderes!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Quarto acústico, escuro e dedicado.

Entra...és meu convidado...


Encontra-me.


Fecha os olhos e ouve o bater do meu coração ansioso que o descubras.


Oiço-te mas não te vejo...o teu arfar deixa-me desejosa que encontres o caminho até aos meus lábios...e sinto-me mais quente.


Céus! Já sinto as tuas mãos fortes em mim....


Junta os teus lábios ao meu pescoço e demora-te.


A tua língua procura o meu ouvido e sussurras que me queres em ti.


O teu beijo é doce e prolongado e ansioso e amoroso e quente...
tão quente que me deixa toda molhada.


Gemo....mordo-te...arranho-te...desejo-te muito, muito.
Entra em mim e sente-me...assim...apertadinha...

Enfia o teu sexo em mim...E Fode-me...

Com toda a vontade que tenhas...

Mesmo à bruta...Faz-me gritar...

Faz-me confundir prazer e dor...

Toca-me com as tuas mãos fortes
e faz-me sentir que quem mandas és tu...

Esquece os carinhos, as meiguices...

Hoje nao quero fazer amor....

Hoje quero somente que me fodas....

Da maneira que eu gosto!



Dolce faire niente.

A preguiça tomou conta de mim...
Não queres tomar tu também??

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Quarto Presente


Foi há dois dias. Não te posso escrever no Quarto Passado que ainda não criei nem no Quarto Futuro que ainda está na mesa do Projectista e sobretudo porque te quero sempre Presente.

Falámos, olhámos, lemo-nos... com a vontade já acontecida de nos tocarmos, de sabermos que sensações poderíamos criar e apresentámos o um ao outro.


O beijo aconteceu... de repente, na rua, ao abrigo do luar da noite fria.

Entrámos um no corpo do outro, entrelaçados, unidos pelas bocas desejosas que se devoraram... foi um beijo longo, foram muitos beijos num só, ávidos, glutões, ternos, marotos, deliciados, excitados por aquelas sensações novas, por serem as nossas primeiras.


Não foi surpresa o que senti, não foi espanto aquela sintonia, harmonia, a sincronia em que dançaram as nossas bocas. Eu segui-te, tu seguiste-me, cada passo novo, cada movimento da tua língua tu já me tinhas ensinado, cada recanto dos teus lábios eu já tinha percorrido antes, cada ritmo, cada som que saía de mim eu já tinha ouvido contigo.

Comi-te pela boca. Lambi-te, fui gulosa. Mordisquei-te, tentadora.

E tu quiseste-me assim, fêmea esfomeada que encontra a boca igual do macho.
Quero-te demais, mais... quero-te todo, o resto de ti, quero sempre a tua boca onde buscarei o nosso alimento, em descoberta de iguarias conhecidas e novas, imaginadas, antecipadas, conhecidas e reinventadas.

Sei que me tens, já... aprisionada pela tua boca malvada e tu preso na minha boca perigosa...
Cala-me com a tua boca e recebe-me no teu corpo, corpo que só as minhas mãos já percorreram.

Neste quarto Presente escreveremos os sons e gostos e os sentires que tanto queremos acontecer.

Para ti, M... vivendo as coisas que não se explicam.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O meu quarto simples.

Segue-me...
Hoje estou nua para ti.
Vem queimar-me com esse fogo...
Deixa-me engolir essa tesão,
Encharcá-la com o meu cuspo.
Deixa-me lambuzar-te e lamber-te,
Roçar-me em ti tal gata com o cio.
Depois, toma o meu corpo de assalto,
Eriça a minha pele de desejo...
E fode-me bem.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Serviço de Despertar



Acorda-me…

Toca-me os pés com os teus pés, encosta teus dedos na minha perna.


Deixa ficar.

Desliza o teu pé pela barriga da minha perna.


Pára.

Sente-me. Ouve-me.

Respiro, compassadamente. Mas sei que espero que me acordes. Quero.

Vem com a tua mão agora. Desliza-a das pernas para o meu rabo, entala-a e deixa ficar.

Ouve o meu mexer.

No meu sono, eu vejo-te. Sei o que estás a fazer.


Continua.

Desce com as tuas mãos entre as minhas pernas e começa a afastá-las.

Já me mexo, já oiço os meus gemidos, já me estou a dar. As tuas mãos são quentes, o meu corpo está aceso.


Acorda-me mais.

Passa a tua tesão para mim, deixa-me saber como me queres. Queres-me quieta, sonolenta, queres ver a minha cara, queres só que me abra para ti?


Conta-me… com as tuas mãos.

Entendi.

Procuro, de costas para ti, o teu caralho. São as minhas mãos, agora, que te vão acordar. Conduzo a cabeça do teu caralho e encosto-a no meu rabo.


Páro.

Quero sentir o calor que me vai inflamar, a chama-tesão que me vai abrir. Sinto o calor, sinto a dureza, sinto a vontade urgente que tens de te enterrares em mim, de o espetares sem pedir licença.


Sim, sim, também o quero… muito!


Já sei o que vou sentir mas sabe sempre diferente. Que vou sentir hoje? Com a mão, aponto-o bem no meio do meu rabo, para me provocar, porque o que eu quero mesmo é senti-lo a entrar na minha cona, sem pedir licença.

Já está molhada, mas só por dentro. Quero sentir que está a custar a entrar. Quero gozar as investidas, quero sentir o teu caralho à procura do meu molhado, insistente, perseverante, ritmado.


Que gozo que me dás.

Eu sei que está quase. Já me sinto a tua putinha. Já sou puta, ofegante, expectante do que já conheço, do que já gosto, do gozo que é sentir a tua fome da minha cona.


Chegaste, avanças sem pedir licença. Afundas-te, entras e abandonas-te.

Sou eu que te faço sentir assim.

É bom ser puta para ti. Páro e dou-te o gozo. Páro e sinto só o teu gozo.

Vejo-o, cheiro-o, sinto-o, de costas para ti. É esse o gozo que me dás, conhecer e saber o que não vejo, mas existe nos sentidos e nas imagens claras na minha mente.


Sei exactamente como te sentes. A minha fome é igual à tua, tesão cúmplice.

Sou a tua puta e tu és o meu cabrão. Fazes-me sentir vontade de o gritar.


Estás quase lá, eu abri-me toda para ti e deixei-te entrar e foder-me com rapidez, bem fundo, acordando-me com essa tusa com que acordaste. Vem, rápido, vem-te e enche-me com a explosão ruidosa do teu esperma e enterra-te mais em mim. Mas agarra-me junto a ti e puxa-me para me vir contigo, porque mesmo sem orgasmo o meu gozo é igual ao teu.


Sim, porque tu me despertas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quarto Lamechice.


Depois do último beijo...
De cada noite que me levas a sair...
A tua presença fica encostada...
Na minha almofada de olhos fechados.
Como é bom encontrar o teu corpo....
A cada momento da noite....
Forte, sensual, apaixonado, provocante...
Depois do último beijo ...
E da tua maneira de dizeres que é tarde...acordo completa.
Gosto da tua maneira de ser...
Da tua maneira de me amar...
Da tua presença concreta e definida...
Gosto de me sentir amada....
Assim da tua maneira especial de amar...
Durmo contigo. Vibro quando me toco...
Porque te encontro...e não posso deixar de te desejar.
Quando não estás...basta-me saber que existes...
Que me darás sempre a tua mão...
Fico calma a recordar...fico calma a esperar.
E se sinto vontade de ti...
Encontro-te sempre no meu corpo...
Que está marcado do teu beijar ... de cada noite.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Quarto menáge... e um voyeur.


Estou louca de tesão...o sangue borbulha-me nas veias...que tusa...é a loucura...vê-los assim.

Não consigo parar de me masturbar.

Não estou em mim e ronrono de prazer...

Que sintonia a três...

Cheira-me a suor, cheira-me a sexo.

O gemer dela não me saí da cabeça..."aiiii!! tão bom!!!anda, anda tens de experimentar! Que BOOOm!!!!!"

E eu em ponto de rebuçado!

O melhor prazer...observar, apreciar e masturbar....que conjugação!




É o meu guilty pleasure...

...eles e ela...e eu! A dona deste motel.

Quarto ópio.

O fumo sobe-me á cabeça...
Afasto-me do mundo...
Protejo-me mas não fujo...
O fumo envolve-me a mente...
...penso em ti...
E descubro o pormenor...
A beleza eternamente selvagem da natureza.
Fiz um pacto com o Sol...
Fumo...fumo...
É um conforto de espiríto,
Como quando te cansas e procuras a cadeira
Não é vicío...é fome de paz.
Encontro todo o mundo na palma da mão
Na amizade desta droga.
Enevoa-me os olhos...
Só para eu não olhar a maldade....
Para eu ter esperança de que a morte
Não será a guerra, a chacina ou o sangue...
É o passo mais desconhecido...a magia...
Já ouviste falar um morto?
Abre-me a porta do amor....
Daquele amor que eu sinto,
Quando estou a chorar
E tu me apertas a mão.
Que cresça sempre uma flor na campa
Da criança que não quis viver...
...partiu...não acredito que fugiu....
O fumo paralisa-me a revolta,
Trazendo-me a luz que vem do céu,
O milagre da eterna confiança
Que eu preciso para vos entender o sonho.

Quarto Vénus.

Ouves o telefone...
Vens a subir as escadas...depressa...o telefone está a tocar...que ânsia...mais depressa...que nervos...corre a subir a escada...o telefone continua a tocar...chegas à porta...ofegante...procuras a chave...uma hora...raiva...ira...impaciência...abres a porta...fica aberta...corres para o telefone...que ansiedade...
Não toca...não toca...não toca...
- Desligaram...também podia esperar...eu vinha nas escadas...(como poderia saber?)
- Até fiz barulho a abrir a porta! (como poderia ouvir??)
- Se for importante voltam a ligar...
- Sim, é o único problema que há...voltar a telefonar...ele ou ela???...Quem seria???
- Que parvoíce, não devia ser nada de importante....se calhar nem era para mim...se calhar era engano....
O telefone foi pensamento durante todo o jantar...
O telefone foi pensamento durante todo o serão...em que, geralmente, eu era a maior participante, na conversação, na alegria, nos jogos....
Vibrava: - quem seria?????
...o telefone não voltou a tocar...não devia ser nada importante...devia ser engano...sim...claro...pois é....mas, mas...quem seria????
P.S. - E se fosses tu a convidar-me para ir a Vénus?!?!?!?

Quarto orgasmo.

Está tão quente...
Que vou fazer???
Vamos parar...
Volta atrás...
Se entendes o que eu digo...
Gostas???
Amas???
Estou fora daqui...
Derreto...
Encontro....
Cabelos...
Lábios...
Sexo....
Amo...
Ama-me...
Espera-me...
Entendes o que eu digo???
Aonde vamos???
Aonde estamos???
Calor...
Tensão...
Prazer...
Agora...
Conseguimos...
Amo-te...
Fomos nossos...
Fomos, somos, seremos...Amor!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Quarto Curiosidade.

Cada vez que nos cruzamos no elevador fico com uma vontade enorme de te lamber. Descaradamente como uma qualquer. Nem quero saber o que possas pensar.
É como um iman a minha língua no teu pescoço...
A minha boca na tua...
Dar-te beijos lambidos e deixar-te louco de tesão...
Lambuzar-te...
Tu? Nem imaginas o desejo de descobrir o teu sabor.
Será a torrão de alicante?